sábado, 7 de março de 2009

Fechado para o final de semana!



Bom, venho aqui só pra pedir desculpas, pois, hoje (Sábado) nem Domingo iremos postar no nosso Blog mas, Segunda- feira (09 de Março), retomaremos o trabalho. Portanto um bom final de semana para todos que nos visitam e, muito obrigado pelo carinho e e-mails que recebemos!

obs: Não esqueçam Segunda feira voltamos com força total...

Abraços a todos

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tipos de Propaganda


Propaganda política: tem um caráter mais permanente, seu propósito é difundir ideologias políticas, programas e filosofias partidárias.
A propaganda política tornou-se um dos grandes fenômenos constatados do século XX e um instrumento com poderes incomensuráveis. A propaganda política serviu de esteio para implantação do comunismo, do fascismo e principalmente do
nazismo. "O principal é a agitação e a propaganda em todas as camadas do povo" -asseverou Lenin-; Hitler disse:"a propaganda permitiu-nos conservar o poder, assim, a propaganda nos possibilitará a conquista do mundo" ( apud Domenach s.d., p.7).
Propaganda eleitoral: utilizada na ocasião das eleições, tem como objetivo precípuo, a colheita de votos para determinado postulante a cargo eletivo. Os principais instrumentos das campanhas eleitorais são artes em muros, paredes, meio-fio e ruas asfaltadas; adesivos para automóveis, vitrines, etc.; crachás; braçadeiras; camisetas e bonés; balões cativos; faixas que constituem um material indispensável em uma campanha eleitoral; mala-direta, levando notícias do candidato ao seu eleitorado; e jornal próprio, um dos mais caros instrumentos.
Propaganda governamental: difunde as realizações de um determinado governo com o propósito de criar, reforçar ou modificar a sua imagem, dentro e fora de suas fronteiras. A propaganda governamental é feita pelo próprio governo, ou por companhias estatais, representa aproximadamente 60% do volume de propaganda veiculada no Brasil, o que demonstra a preocupação do governo (em seus três níveis: federal, estadual e municipal) com a opinião pública.
Propaganda institucional: denominada por alguns autores Norte-americanos como: public relations advertising (propaganda de relações públicas), a propaganda institucional é uma área em que as atividades de relações públicas e de propaganda se interagem. Ela tem por propósito preencher as necessidades legítimas da empresa. Aquelas diferentes de vender um produto como:

a) Agir, se legal e permitido, para proteger os negócios da empresa quando ela recebe ataque político:
b) Facilitar o recrutamento de pessoal para a empresa:
c) Usar a propaganda institucional como instrumento específico e para dar assistência, em áreas especiais, aos esforços de venda da empresa.
"Quando a propaganda institucional tem o sentido de informar, persuadir e predispor favoravelmente as pessoas em relação ao produto, serviço, marca ou instituição patrocinadora das ações de comunicação, ela ainda cumpre a importante função de ferramenta estratégica de marketing, com os propósitos de consolidação do posicionamento corporativo e dos objetivos estratégicos da empresa" (J.B. PINHO- comunicação em marketing p.134).
Propaganda corporativa:
o Publisher Information Bureau (PIB) classifica a propaganda corporativa quando ela preenche um ou mais destes propósitos:
a) Divulgar e informar ao público as políticas, objetivos, funções e normas da companhia;
b) Construir uma opinião favorável sobre a companhia, destacando sua administração, know-how, corpo técnico, tecnologia, aperfeiçoamentos nos produtos, a contribuição para o progresso social e bem estar do público; além de, contrabalancear a propaganda desfavorável e as atitudes negativas;
c) desenvolver uma imagem de confiabilidade para os investimentos em ações da companhia ou para desenvolver sua estrutura financeira. (Apud Garbett 1981. p.13)

Propaganda religiosa: a propaganda já era usada desde os primórdios do capitalismo mercantilista, a igreja católica também à utilizou em demasia em 1962, ano em que criou a Congregatio de Propaganda Fide (Congregação para a Propagação da fé). As religiões sempre exerceram influência sobre os povos, com formas de persuasão destinadas a influenciar, em um determinado sentido, as opiniões e os sentimentos do público-alvo.
Propaganda social: é a propaganda voltada para causas civis: desemprego, adoção do menor, tóxicos, vacinação, Planejamento familiar, prevenção de doenças, entre outras. Nos tempos que vivemos, o social deve mais do que nunca ser a preocupação da comunicação. Mesmo as campanhas de publicidade comercial de empresas com senso de responsabilidade social, mais do que vender, procuram orientar e informar para a racionalização das compras, por meio da escolha-substituída.
Propaganda sindical: é a propaganda patrocinada por sindicatos patronais e de trabalhadores, com veiculação na mídia para divulgar idéias, forças, princípios, realizações e atividades do movimento sindical, em geral daquelas entidades mais organizadas. Esta propaganda é muitas vezes empregada para sensibilizar a opinião pública em favor de suas causas ou esclarecer e alertar a população sobre a realização de um movimento grevista, por exemplo, no setor de transportes, procurando minimizar as suas conseqüências.


FONTE
João Paulo Cavalléro de Freitas
Publicitário e Pesquisador da Comunicação Social como objeto de Estudo Científico
Escritor do Livro O ALMANAQUE DO PUBLICITÁRIO- Básico I
Crédito Foto
Rmaudiostudio

quinta-feira, 5 de março de 2009

O que é Propaganda?



MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO
A propaganda "surgiu" em Roma, com o intuito de propagar o catolicismo pelo mundo, daí vieram missões por praticamente toda parte do mundo.
Propaganda não é nada mais que a manipulação da comunicação em suas formas mais persuasivas, ela promove um comportamento em busca de benefícios a quem a está falando, informando, traduzindo ou anunciando. A propaganda é possuidora de um poder persuasivo inigualável a qualquer outro meio que busque influenciar indivíduos sociáveis nos atos ideológicos e consumatórios, ela vem com a adequação de uma idéia tendo como conseqüência à venda de um produto papável ou não.
Pesquisadores discutem se a propaganda é uma Arte, Ciência ou Técnica. De fato é uma conjuntura de tudo. A união desses três ícones a faz propaganda.
A Arte: Todo anúncio tem que possuir uma tipologia lingüística um texto (para ser lido ou falado) e uma imagem para ser grafada ou apenas vista. A arte está enquadrada tanto na propaganda estática, revistas- jornais, ou na tele-comunicada, televisão e rádio. A Ordenação.
Ciência: A parte científica da propaganda consiste no seu todo, desde pesquisas iniciais para um simples planejamento de campanha, até análises de mercado e segmentação de públicos. A manipulação.
Técnica: Aqui está a criação, é quando se ler, ver, ou escuta entrelinhas que o "produto" é o que se precisa para satisfazer as necessidades de consumo. Agrega-se valores ao produto, fortalecendo a construção de uma marca ou imagem sólida. Desta forma se age com a necessidade e desejo do receptor, onde a necessidade é o racional e o desejo, emoção. A Persuasão.
80% dos desejos de premissa do ser – humano, são supridos por infindáveis marcas. Ao fazer propaganda cria-se um desejo coletivo para que este possa solucionar as necessidades individuais. As marcas surgem imbuídas no intuito de suprir os desejos necessários, pelo afagar de suas conveniências. Analisando pela forma mais abrangente, o que dizemos de desejos emocionais afetivos são efetivados através de marcas trabalhadas e produzidas em caráter de audiência; por - exemplo: há trinta anos atrás, era absolutamente crível e natural uma mulher sonhar em ter de quatro a cinco filhos e casar-se muito cedo. Mitificava-se o valor das mulheres "bem prendadas", a doméstica rainha do lar era condição de aceitabilidade social daquela momentânea realidade. Curiosamente, da mesma forma se percebia que, quase em todas as novelas, Séries Européias e na indústria "Holyoodana" em geral, veículos de comunicação fabricavam esse mesmo horizonte, num mundo fechado e talvez até racional para a época, afinal todos vivemos numa verdade momentânea.
A comunicação induz comportamentos subseqüentes dos indivíduos, delimitando as linhas tênues da influência mútua. Atualmente no quadro familiar sabe-se que é extremante antagônico, desde 1985 foi feito todo um trabalho de caráter de Comunicação, para controlar esses antiquados pensamentos que paulatinamente no tempo vão se extinguindo. Hoje em dia, é comum vermos famílias com apenas dois filhos ou apenas um, encararmos situações na qual, é a mulher quem traz o sustento a família, não só nos valores econômicos como também estruturais. Ou seja, a necessidade-desejo passado, foi derramada pela razão-emoção através da "marca" do conforto social do futuro. É um raciocínio lógico, com menos pessoas na casa, menos custos e mais qualidade de vida para o lar. Isso foi produzido pela mídia engajada na mudança de comportamento dos pais da antiga sociedade, em busca de um planejamento familiar mais coeso e de maior lucratividade de consumo tanto para pessoas quanto para lojas, empresas e indústrias do mercado mundial.
A propaganda, no conceito de Francisco Assis M. Fernandes, é "o conjunto de técnicas e atividades de informação e persuasão destinadas a influenciar, num determinado sentido, as opiniões, os sentimentos e as atitudes do público receptor" (Silva 1983, p. 234).
Existem vários tipos de conceito porém, todos chegam a uma verossimilhança conclusiva. Da mesma forma que os conceitos são "túrgidos", os tipos de propagandas também passam pelo mesmo processo.
Tipos de propaganda: a propaganda moderna está presente em todos os setores da vida, vida econômica, social, político, religiosa, etc., e, portanto, podemos classificá-la nos seguintes tipos: ideológicas, política, eleitoral, governamental, institucional, coorporativa, religiosa, social e sindical.
Propaganda ideológica: trata-se de uma técnica de persuasão desenvolvida por estudos científicos de maneira mais global e ampla dos demais tipos.Sua função é a de formar a maior parte dos indivíduos e, com isso, orientar todo o seu comportamento social. As mensagens apresentam uma versão da realidade a partir da qual se propõe a necessidade de manter a sociedade nas condições em que se encontra ou de transformá-la em sua estrutura econômica. Regime político ou sistema cultural. (Garcia 1982, pp. 10-11)
Assim, a propaganda ideológica encarrega-se da difusão de uma dada ideologia, ou seja, de um conjunto de idéias que devem perpassar a imagem de responsabilidade da realidade com a proposta de modificar ou manter uma determinada sociedade ou estrutura de comportamento. A propaganda ideológica foi intensamente utilizada no mundo inteiro.
A partir da revolução de abril de 1964, a propaganda ideológica foi coordenada por órgãos: especialmente criados: Assessoria Especial de Relações Públicas da presidência da república (Aerp) nos governos Costa e Silva e Médici; Assessoria de Imprensa e Relações Públicas (Airp) no governo Geisel; finalmente, a secretaria da comunicação Social (Secom) no governo Figueiredo, depois transformada na Secretaria de Imprensa e Divulgação (SID).
FONTE
João Paulo Cavalléro de Freitas
Publicitário e Pesquisador da Comunicação Social como objeto de Estudo Científico
Escritor do Livro O ALMANAQUE DO PUBLICITÁRIO- Básico I
Crédito Imagem
MEL


terça-feira, 3 de março de 2009

Resultados na Publicidade


Todas as pessoas ligadas, numa escala de responsabilidade direta (agência) ou indireta (anunciante) à publicidade, possuem um profundo interesse em aferir os resultados após se anunciar. Óbvio, o anunciante é quem paga o serviço da publicidade, assim quer também saber o que está recebendo em troca de seu investimento. À medida que a publicidade e seus profissionais em geral, mostram os efeitos e as prospecções que a comunicação de mercado, entende-se publicidade-propaganda, relações públicas, marketing e comunicação empresarial atingem nos consumidores, em um todo nos indivíduos; ela se torna mais eficiente e menos lúdibri. A existência econômica da publicidade só se dá no convencimento de sua eficácia e na probabilidade da sua positiva utilização financeira. O retorno.
Nos últimos 10 anos, os recursos de Análise de mercado e logística, fortaleceram a positividade da publicização midiática, estes esforços sugerem soluções para o problema fundamental quanto ao aferir resultados.
Desde a segunda guerra mundial, os custos, assim como os investimentos em publicidade quadruplicaram. A opinião dos homens de negócio é que a publicidade transveste "Efeitos Borboletas" nas relações empreendedoras. A publicidade tanto é uma força de importância crescente nas vendas, como também na introdução de novos produtos saídos dos laboratórios ao estabelecer aceitação e identificação de marcas e produtos. Esta crescente racionalidade vem sendo aderida até mesmo pelos consumidores, mostrando que a existência da publicidade é uma evidência da lucratividade de seus investimentos em compras, tanto de produtos como de serviços.
A publicidade é uma força que aumenta a produtividade. Analisando o custo em contraponto com o retorno ela se torna muito barata, entrega uma mensagem de venda a custo de centavos em comparação com o preço de entrega de semelhante mensagem através de vendedores e funcionários.
A responsabilidade de vendas através da publicidade está crescendo porque é o meio mais eficiente e massificado de comunicação de mercado. Os homens de negócio sabem disso e muitos já a encaram como uma despesa corrente e fixa.
Em 1952 o presidente do Sindicato de Relações Públicas dos Estados Unidos, considerado um dos grandes líderes da psicologia Norte Americana disse uma frase estigmata: "Nosso objetivo é fabricar espíritos!".
A psicologia está presente em quase todo o trabalho da comunicação de mercado, a aproximação só não é maior para um não abdicar sua existência pelo outro. Na publicidade, jornalismo, relações públicas, marketing, propaganda de Integração e agitação, enfim em todo o estudo de comunicação está presente a "arte de persuadir", transformar informações únicas em opiniões populares de massa, conseqüentemente trazendo atitudes favoráveis ou dirigíveis a que está sendo invocada.
Desde que o homem tem sua existência, há manifestações de trocas em inter-relações, ou seja, persuasores e persuadidos, no mais, indivíduos aptos a influenciar e a também e outros a serem influenciados. É nesse jogo que são construídos o valor de subsistência humana. A inter-humana fundamental ou perfeita é aquela que coloca a frente, direta ou indiretamente, um indivíduo que tem a intenção de influenciar o outro, que por sua vez sabe da intenção e a aceita passiva ou ativamente contribuindo para tal. A crença, a opinião, a atitude é o espelho do comportamento de quem é influenciado e de quem está influenciando. Os mesmos atos evoluem e se modificam em um alto grau de aceitação. Esta situação fundamental supõe e induz o processo de comunicação sendo verbal ou não.
A manipulação ideológica é um processo seletivo, por isso é tendente à uma rejeição lógica, sua aceitação pode ser exata ou negativa, logo é tendente a erros como qualquer outra Ciência. O grupo, público, indivíduo a ser influenciado deve ser guiado a uma direção preestabelecida, permanecendo invariáveis ou clandestinos os reais objetivos ao receptor. Sem isso, a influência resiste à pressão, é justamente quando o influenciado se muni e constrói auto-defesas à comunicação persuasória, e esta passa a ser um objeto de suspeita pelo alvo.
A publicidade evita este mecanismo de autodefesa, ela jamais se apresenta como gestora e sim como coordenadora de atitudes, orientando com informação, educação e criatividade os dirigíveis melhores caminhos para seus objetivos serem aceitos socialmente.
A venda tem uma dimensão psicológica evidente, não porque se trata de satisfação das necessidades individuais, mas porque é constante uma inter-relação específica quando transforma a necessidade em satisfação coletiva. A base defensória da comunicação como uma Ciência social está na psicologia.
Historicamente, a palavra propaganda remonta à fundação pelo Papa Clemente VII, em 1597, da Congregação Propagação da Fé. A primeira vez que o nome aparece no discurso no Dicionário da academia é em 1740, 143 anos depois de sua Fundação, a palavra é mencionada na acepção, como algo exclusivamente eclesiástico. No entanto, contrariando o tempo de legitimação "o Proselitismo de todas as seitas do mundo havia começado há muitos milênios, antes até de Cristo, e os panfletos de propaganda durante as guerras religiosas, onde eram utilizados os sentimento populares em relação aos espanhóis, italianos, alemães e judeus já eram divulgados" e eram "magníficos instrumentos de propaganda". (Roger Mucchielli).
O indivíduo se agrupa em três constâncias: Necessidade, Utilidade e Valor. Todo o trabalho do profissional da comunicação de mercado decodifica-se em transformar prazeres em bens úteis e saciáveis. A necessidade quer dizer, a carência ou falta. Satisfazer é saciar uma falta. Satisfazer uma necessidade é preencher a falta saciando um desejo.
O homem possui necessidades de duas categorias: Primárias e Secundárias, também distintas como fisiológicas e psicológicas. Iremos ver mais adiante num capítulo específico que fala sobre a presença da Ciência na publicidade.
O consumo é um bem necessário no entanto, insaciável e muitas vezes nem é útil. O desejo atinge um alto grau de futilidade, característico da condição humana, o motivo é simples, o dinheiro e materialmente só ele, tem a viável propriedade de satisfazer a todas as possíveis necessidades individuais.

Utilidade: Produtos divulgados, todos apresentam a característica de satisfazer necessidades, chama-se "utilidade".
Algo pode ser substituído com o mesmo grau de importância.
Para que um produto seja útil é necessário que:
1- A existência de uma relação entre suas aplicações afira no mínimo uma das necessidades humana.
2- que o conheçamos
e
3- Que tenha disponibilidade para ser usado.
Valor: A idéia de riqueza está associada em uma constante relação entre o homem e as coisas, ao passo que o valor, é uma inter-relação entre as coisas e nada mais.
O desejo é a causa subjetiva da procura e do conhecimento, o indivíduo procura aquilo que conhece, entretanto não há uma condicionante ratificando que tudo aquilo que conheça deseje, da mesma forma que o produto só é procurado quando há o conhecimento de ao menos uma satisfação de necessidade humana. Partindo dessa razão um produto subjetivamente vale mais ou menos, segundo a satisfação que ele atingir no consumidor após sua compra.
Obviamente nem tudo tem valor "O ar atmosférico, que é de vital importância, não tem valor". (José Maria Campos e Walter Cunto). Daí a idéia de que: "tudo que é bom se troca".
O valor de uso é apenas utilitário. Voltando ao exemplo, do ar atmosférico; ele tem um grande valor de uso mas, nenhum de troca. Em contra ponto o ouro e o diamante tem pouco valor de uso e grande valor de troca.

"O simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão no outro lado do mundo"
(Caos Theory)
Imagine o poder das ações comunicacionais injetadas constantemente no comportamental humano? Bons, ou não. Serão; resultados profundos...

FONTE
João Paulo Cavalléro de Freitas

Publicitário e Pesquisador da Comunicação Social como objeto de Estudo Científico
Escritor do Livro O ALMANAQUE DO PUBLICITÁRIO- Básico I
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Filme "Efeito Borboleta"



segunda-feira, 2 de março de 2009

Publicidade, venda de Comportamentos





INTRODUÇÃO À CIÊNCIA

Manipulação! Para a maioria das pessoas, a publicidade está em total, sintetizada nesta forte palavra, algo absolutamente crível, aqui diremos, necessário, para o entendimento deste paradoxal e fascinante mundo da Comunicação Mercadológica.
Podemos sintetizar a publicidade como a linguagem da sedução de mercado, seu principal objetivo é o de contribuir através de uma idéia para a capitalização de um produto ou serviço, entretanto esta síntese, jamais deixa comprometer um de seus principais objetivos; Informar, coletando e transmitindo fatos para que sejam argumentados da forma mais persuasiva e condutora de futuras ações de consumo e ocasionalmente sociais.

A publicidade está no entremeio da linguagem jornalística ao relatar fatos para vender um produto, que pode ser, tangível ou não. Por outro lado, longe da ótica concreta e palpável, a publicidade perpassa o mundo factual, transcrevendo a linguagem social ao argumentar os verdadeiros anseios que a trouxeram. Tendo em vista que todo argumento é pressuposto de manipulação, sua técnica fortalece o discurso de que, todos os fatos são mutáveis ao serem argumentados, quebrando estigmas conceituados há longos anos por estudiosos da Antropologia, da Cultura e do Comportamento Humano.

A publicidade analisada “in lócus” aparenta ser o espelho da contemporaneidade, ela aspira o avanço das possibilidades influenciadoras do comportamento humano, destruindo as barreiras da verdade absoluta, no entanto, em atitudes positivas, umas mais que as outras, seculares como: Aristóteles, Arquimedes, Constantino, Nostradamos, Napoleão Bonaparte, Maquiavel, Adolf Hitler, dentre outros “grandes” líderes e influenciadores sociais, já se utilizavam da técnica da comunicação persuasiva para dirigir suas respectivas gerações, iniciando assim uma coletividade social armada e unida num discurso ideológico de quem a conduzia.

A linguagem publicitária, em sua forma mais generalista, já está presente em quase toda parte e cantos do mundo. Uma recente pesquisa realizada em 2006, por uma conceituada Universidade Americana replica que analisados população por espaço “a cada 35 Km quadrados há uma forma de publicidade-propaganda comercial ou ao menos ideológica”. Realmente este dado é algo extremamente espantoso, aja vista que, regiões até então ditas não sociáveis, ou - “civilizadas” foram também avaliadas.

Alguns autores, como Charaudeau (1984, p.1), tem o termo propaganda mais expansivo que publicidade, o primeiro estaria relacionado à mensagem política, religiosa, comercial e institucional, enquanto o segundo, relativamente daria exclusividade a mensagens comerciais; outros estudiosos concluem exatamente o contrário. Enfim, apesar de muitas vezes se valerem de métodos díspares, igualam-se quanto ao universo explorado.Existem duas esferas distintas nesta que possui particularidades do mesmo universo: A Propaganda Política, Institucional, Religiosa, Ideológica está voltada para a esfera dos valores éticos e sociais, enquanto a publicidade comercial explora o clímax dos desejos. Para uns defensores da tradição, algo absolutamente fútil, um mero detalhe, para outros mais visionários e planejadores, um detalhe necessário ou se achar melhor, um fútil útil!

A publicidade transvertida de cores, movimentos, sons, aparenta ser menos pesada para ser “ingerida”, no entanto, não mais eficaz que a propaganda. Para o “seduzir” da mensagem, a publicidade não deixa transparecer suas reais intenções, sentimentos e ideais e, acaba se utilizando de vários recursos.

*A Ordem - Fazendo agir: - “Beba Coca-cola” (com pipoca no cinema)

*A Intimação - Fazendo crer: - “Xerox! O resto é cópia”

*A Sedução - Construindo o prazer: - “Se alguém lhe der um Sonho de valsa. Não é um sonho é uma prova de amor”.
Todos aqueles ícones da história citados à páginas passadas se utilizavam, da forma mais soberba dessas técnicas e, já faziam a distinção real do que é Encantar e Fazer Crer.Dando prosseguimento aos recursos variáveis, fazemos o levante em duas interessantes situações:

1ª SITUAÇÃO- Feche os olhos, imagine a seguinte situação. Um casal de namorados está no cinema, veja isto. Agora faça um passeio por todo corpo deles, começando pelos pés e depois vá à cabeça. Já? Faça de novo, mas pense nas coisas mais comuns relativas a CINEMA! Ok? Então; é difícil não visualizar numa das mãos do casal um copo de Coca-cola e na outra um “saco” de pipoca.

2ª SITUAÇÃO- Imagine agora uma casa, você é o visitante, entra na sala e escuta a TV ligada no canal de TV por assinatura que está passando uma partida de futebol e vê um “pezão” em cima da mesa de centro, logo depois vai mais adiante e escuta o barulho de água corrente na área de serviço e uma “pilha” de roupa ao lado. Já? De quem era aquele pé na sala? Quem você viu, um homem ou uma mulher? Quem estava lavando roupa? É justamente isso que a publicidade, a propaganda, em geral, a comunição mercadológica, constrói, aproxima a futilidade da razão sem precisar dizer que é uma mulher que tem que lavar a roupa com OMO e, o homem que tem gostar de assistir futebol nas Quartas feiras.

O papel da publicidade (vista neste, como sinônimo de propaganda), é tão importante na sociedade que pode ser considerada como a mola mestra das muitas alterações do comportamento humano nas diversas esferas sócio-culturais. Muito embora essa tese venha sendo severamente questionada, ela ainda tem sua profunda relevância.

FONTE
João Paulo Cavalléro de Freitas
Publicitário e Pesquisador da Comunicação Social como objeto de Estudo Científico
Escritor do Livro O ALMANAQUE DO PUBLICITÁRIO- Básico I
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Filme "Separados pelo Casamento"