sexta-feira, 24 de abril de 2009

CAPÍTULO VI- Propaganda e o nazismo

Para melhor entendermos o estranho poder da publicidade científica sobre os indivíduos, devemos sair um pouco do campo material como: consumidores, produtos, "agências" veículos e fornecedores, pois é fundamental a compreendermos neste momento como uma "máquina" produtora de IDEOLOGIAS. Logo na apresentação deste livro, citamos alguns casos históricos onde a publicidade foi a mola propulsora das situações, estudaremos no decorrer deste capítulo o porquê desta força.
O poder da propaganda fez triunfar o nazismo, fazendo com que o aterrorizante parecesse apenas um exacerbado patriotismo, e o amor à nação fosse resultado de uma derrama sanguinária antes jamais vista por toda a humanidade "em defesa da NAÇÃO".
A crise provocada pela participação Alemã na primeira guerra mundial, a forte estrutura militar e principalmente a intensa propaganda anti-semita foram fatores que preponderaram para a disseminação do nazismo não só na Alemanha mas, no mundo todo.
Desde o final da guerra, com a acentuada polarização entre forças de direita e esquerda, surgiram diversos agrupamentos políticos. Cerca de 70 desses grupos possuíam discursos fascistas, estes culpavam democratas, liberais, marxistas e os judeus pela atrapalhada participação na guerra.
Em agosto de 1934, morre o presidente da Alemanha e assume então, o jovem sonhador Adolf Hitler, passando a ser o mais amado e odiado governante do século XX. Cada vez mais fortalecido Hitler lançava mão de uma propaganda sedutora e de violência policial, para assim implantar uma das mais cruéis ditaduras que a humanidade já conhecera. A propaganda era dirigida por Joseph, responsável pelo ministério da propaganda. Esse órgão (um dos principais de todo o governo de Hitler) era responsável por sempre manter a ordem e controle dos meios de comunicação e persuasão popular, produzindo assim inúmeros discursos, símbolos, hinos e saudações ao "herói da Nação" para promover, por assim dizer a "Ordem" nazista.
Desta forma, cada vez mais o nazismo preponderava no país ganhando novos adeptos, espalhando-se pela massa de forma acelerada e fascinante, convencia absolutamente a Alemanha através do poder da mídia, que o errado poderia parecer um tanto certo, e o mal poderia ser de certa forma bom.
Desde quando bem jovem, tentando inutilmente afirmar-se como um artista em Viena, Hitler aplicou no cenário da política, as tão vangloriadas aparições em público, como se entoasse a entrada de um célebre tenor nos palcos de um ilustre teatro. Hitler preocupava-se minuciosamente com os mais "pífios" detalhes para que em sua imagem desse a construção de um verdadeiro mito, um "herói" pelo bem e a segurança do país. Tão foi importante a propaganda nesse regime, que uma das medidas imediatas, ao assumir o poder tão logo foi a criação de um ministério, o ministério da propaganda. Para o governante sanguinário o mais importante, e tudo que circundava e fosse publicado, haveria de ser impresso por: mensagens, slogans e símbolos, que na verdade eram grandes logomarcas do partido nazista e de seu guia condutor Adolf Hitler.
A mesma obra que fez triunfar o nazismo alemão, fez a ascensão do chamado consumismo norte americano no fim da década de 20.
No ano de 1929 entrava em crise uma das mais fortes economias do mundo, provocado pelo o excesso de produção e poucos consumidores aptos à compra. A única salvação seria o milionário investimento em comunicação, mais explicitamente, propaganda, assim construindo e taxando o novo padrão de vida norte americano que de fato perpetua até hoje, o seu conhecido patamar de vida de extremo consumo.
Nesta rápida pincelada podemos perceber, apenas com dois fatos, como a ideologia da propaganda foi de suma importância para o desenvolvimento histórico-sócio- cultural do mundo até hoje.

FONTE
Livro O Almanaque do Publicitário
CAPÍTULO VI
AUTOR
João Paulo Cavalléro de Freitas

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